O despacho do ministro Alexandre de Moraes autorizando as prisões e as buscas contra alvos militares é uma apanhado de fatos, costurados de maneira que não permite “dúvida sobre a intenção golpista” de Jair Bolsonaro e de alguns ex-assessores que compartilhavam da intimidade do ex-presidente.
O clima de tensão tomou conta de militares na manhã de ontem, quinta-feira (08) com a operação determinada pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes. A insatisfação é grande com os mandados de busca e apreensão determinados pelo ministro do STF contra militares de alta patente e que, até poucos meses, estavam no comando de postos-chaves.
Um general da reserva disse ao Blog que “o atual comandante, o general Tomás Paiva, vai enfrentar insatisfação clara dentro dos quartéis” e que a relação entre os militares com o governo federal e com o judiciário “volta a ficar tensionada”.
Os questionamentos são pelo método adotado por Alexandre de Moraes de determinar a busca e apreensão sem que os alvos tenham sido chamados para depoimentos.
Sobre a busca e apreensão contra Augusto Heleno, outro militar disse:
Você sabe quantos oficiais da ativa já foram comandados pelo general Heleno? Muitos”.
O ex-comandante da Marinha almirante Garnier Santos afirmou que foi acordado pela PF às 6h15. “Estando acompanhado apenas do Espírito Santo, em virtude de viagem da minha esposa. Levaram meu telefone e papéis de projetos que venho buscando atuar na iniciativa privada. Peço a todos que orem pelo Brasil e por mim. Continuamos juntos na fé, buscando sempre fazer o que é certo, em nome de Jesus”, disse.
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